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quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Remodelação governamental


CONVINHA MIGUEL EXPLICAR MUITO BEM 
O QUE É A 'COORDENAÇÃO POLÍTICA'
QUE DISTRIBUIU A PEDRO CALADO



O futuro super-ministro garante espaço e tempo ao líder Miguel Albuquerque para voltar à governação 'profissional'


Depois de dois anos a caminhar em círculo, Miguel Albuquerque volta ao ponto de partida. Desta vez, sente-se obrigado a fazer a vontade a Pedro Calado e, na remodelação há pouco divulgada em comunicado oficial, nomeá-lo vice-presidente com os pelouros que ele exigia em 2015, designadamente a economia e os transportes, entre outros.
Há porém um aspecto na descrição de poderes atribuídos a Calado que intriga: mesmo sendo a partir de agora o super-vice-presidente do governo regional, compete-lhe também a 'coordenação política'? O presidente que idealizou o rearranjo orgânico não se estará a referir à 'coordenação executiva'? É de supor que o vice cumpra os seus pelouros e dinamize vivamente a governação dos secretários, coordenando a execução de todos eles e liderando a reunião preparatória do plenário semanal com o presidente. 

A isso chamaríamos 'coordenação executiva'.  
Se ao vice também compete a 'coordenação política' do governo, que funções terá o presidente? Num caso desses, Pedro Calado teria sob sua tutela as Finanças, a Economia, os Transportes... e a Presidência do governo.

A chamada de Pedro Calado ao governo destina-se claramente a dar um safanão a sério no elenco em exercício, mas também a libertar Miguel Albuquerque. Como nos tempos da câmara, o 'profissional da comunicação' de que ele falou há dias terá de ser ele. Não para bom funcionamento do executivo, mas para chegar a 2019 em condições de poder vencer as eleições regionais. Não estamos a ver um bom desempenho desse papel se, por absurdo, for politicamente 'coordenado' pelo vice. Então Miguel será 'coordenador político' e Calado também 'coordenador político'? O coordenador Miguel a coordenar o coordenador Pedro Calado? O contrário?
Não é bem uma trapalhada ao estilo de Santana Lopes na tomada de posse do seu esdrúxulo governo, mas lá que dá uma ideia, dá. Ou uma declaração estilo Puigdemont...
Correrão em breve por aí referências a ligações de Pedro Calado ao empresário Avelino Farinha, para deslustrar e esbater o impacto da remodelação. Normal, em política. Só que há outras instituições oficiais que a esse nível não podem abrir a boca. 

Ao contrário do que disse hoje mesmo, Eduardo Jesus não foi 'dispensado'. A ideia de sair do governo foi sua. Depois de ter teimado há dois anos, voltou a fazer finca-pé ao saber que Albuquerque fazia a vontade a Calado tirando a Economia ao mesmo Eduardo para passá-la à tutela do futuro vice. A economia foi uma tara executiva e obsessiva de que o secretário cessante não se curou. Terá as suas razões. Mas não se livra de comentários ao mais alto nível: ele sempre se queixou de excesso de trabalho, nas milhentas e complexas áreas à sua guarda, desde a economia ao turismo passando pela cultura, transportes, Apram, Electricidade, HF - o fim do mundo de problemas, realmente. E agora que Albuquerque o aliviava da economia, e possivelmente dos transportes, bate com a porta!
Sérgio Marques também sai pelo seu pé. Não tinha margem para mais. Número dois de Albuquerque, embora sem vice-presidência, era o antigo eurodeputado a substituir o presidente nas suas ausências. Pedro Calado entra por cima dessas competências de Sérgio. Demissão que não surpreende e permite admitir que o quase ex-secretário reentrará na luta política em breve.

As funções de Sérgio transitam para a Educação, de Jorge Carvalho: assuntos parlamentares e comunidades. Quanto às obras, a solução foi passar a Direcção Regional do Campo da Barca outra vez para Secretaria do Equipamento (e Infraestruturas), com Amílcar Gonçalves na liderança.
Susana Prada continua no Ambiente, como se esperava, porque, além do mais, um Verão praticamente sem incêndios hoje em dia é obra notável. O mesmo acontecendo com Pedro Ramos (Saúde), Rita Andrade (Inclusão e Assuntos Sociais) e Humberto Vasconcelos (Agricultura e Pescas).
A surpresa da jornada é Paula Cabaço no Turismo e Cultura. Não porque estejam em causa as competências da nova secretária, mas pelo 'raspanete' que o presidente lhe passou há uns tempos, acusando-a publicamente de andar a dormir na forma. Agora, Miguel Albuquerque marca pontos. Depois desse badalado desaguisado, em que ficou mal na fotografia, o presidente teve ocasião de descobrir, ao vivo, qualidades que desconhecia em Paula Cabaço. A dinâmica que lhe observou, tanto na Madeira como em acções de promoção no estrangeiro, revelou alguém, não a dormir, mas com muita atenção na formatura. A reviravolta mostra já algum 'profissionalismo' na caminhada para os objectivos que Albuquerque persegue. 
Mas há um pormenor que ressalta da renovada Secretaria: a continuar com Direcção Regional de Turismo, que fará a secretária nomeada?

À primeira vista, ficamos com a impressão de que a remodelação pensada por Miguel Albuquerque não passava da entrada de Pedro Calado para vice, tomando conta das Finanças abandonadas por Rui Gonçalves. A saída intempestiva de Eduardo Jesus e Sérgio Marques obrigou a mais mexidas, se bem que de mero carácter organizacional.
Pedro Calado será um super-governante. Com uma acção abrangente a tudo o que mexa, deverá dar cobertura a outra grande alteração: o regresso de Albuquerque ao mundo do trabalho político. Sim, o Blue Chief tem de se fazer à estrada e 'comunicar' o que mereça ser comunicável. De contrário, continuará a funcionar em círculos e daqui a dois anos estará de novo no ponto de partida, para ver pela televisão os discursos daqueles que trabalharão a sério, sem descanso. Isto somos nós a dizer, para encher mais umas linhas. 

32 comentários:

Anónimo disse...

Em choque!!!

Anónimo disse...

Albuquerque deve ter dito ao agora seu número 1, "Pedro, toma conta disto que só me restam 2 anos para disfrutar e resolver o meu futuro e o teu também fica garantido".
O vereador rejeitado para a CMF, passa a Secretário, lindo. O amigo "agricultor" continua, lindo. A despedida foi repescada, lindo. Lindo como quem diz...

Anónimo disse...

Realmente é preciso não ter "um palmo de cara" de carácter e de coluna vertebral em ter aceite ser Secretaria Regional, depois de ter sido humilhada publicamente...

Anónimo disse...

Pedro Calado, ganharia futuro político se continuasse demarcado do Albuquerque. Mais um que se vai queimar.

Anónimo disse...

Isto bateu mesmo no fundo do poço.
Então isto é a equipa dos queques que esteve na Camara só faltando a Rubina Leal. Não foi este Pedro Calado que disse teria deixado as finanças da Camara controladas mas afinal existia um Buracão Astronomico de 100 Milhões de Euros que sinceramente não sei o que fizeram a tal monstro financeiro, talvez algum aeroporto, novo hospital ou viaduto para o Porto Santo, mas não encontro nada.
Isto será o principio do fim de Albuquerque, agora é que a Madeira vai voltar novamente a se endividar e aumentar a sua divida.
Obras em força começaram já e para os Camaleões do Betão que a gente sabe pois deixaram aqui os tentáculos do polvo.

Anónimo disse...

Dúvidas houvesse em relação ao desnorte deste governo, dissiparam-se.
Deixo um conselho a estas almas. Parem, reflitam e comecem a criar grupos de trabalho. Para a área política, administração regional e autarquias ( mesmo tenho levado uma abada monumental).
Não queiram apenas encolher os ombros e correr para um tacho.
Estas eleições puseram a descoberto o quão frágeis são as estruturas humanas deste PSD. E há culpados. Vários
O presidente, em primeiro lugar. Que a cada dia que passa parece afastar-se de tudo, alheio ao eleitorado que o elegeu ( e obviamente já se arrependeu).
A Rubina, que afinal revelou-se um flop, seguindo as mesmas estratégias que aprendera nas fileiras da jota. Ao contrário do que muitos vieram para a praça pública afirmar que ela não tinha alternativa, meus caros ela tinha TODAS as condições para derrotar Cafofo. Tutelada a IHM, o IEM, e a segurança social.
Porra, só tinha 3 grandes vectores para agregar forças.
Mas por pura incompetência ( que uns imbecis insistem em falar de capacidade de trabalho ) nada fez. Que marca deixou nos anos que esteve na Secretaria ?
Zero.
No emprego distribuiu uns programas ocupacionais, sem regras.
Na habitação então não "passou nada"
Na segurança social cumprimentou com o chapéu do continente. Até sacou os Centros de atividades ocupacionais, os caos, sob tutela da Educação, transferindo-os para a segurança social nacional e assim chular o Continente. É pá, que grande ideia deve a senhora achar que teve.
Sacou as casas do povo antes na Agricultura para usá-las como porta de entrada das diretivas laranjinhas da rua dos netos em terrenos hostis ( novamente acertou ao lado)
Agora pergunto: Em termos estruturais o que acrescentou? Que trouxe ou implementou?
ZERO.
Apareceu, apareceu, apareceu. Nem soube canalizar a área social tão sensível e granjeadora de votos.
Outro culpado, o Rui Abreu.
E em última instância, todos os militantes que desconhecedores da arte de fazer política ( não politiquice)
Mereceram todos a derrota e embora já estejam com tachinhos na ALR e outros que arranjarão, nada lhes retira a vergonha de ter a maior derrota de sempre.
Viva a Madeira e os madeirenses

Anónimo disse...

AH! Será que o mano gordo do ex-secretario ainda vai continuar a receber as verbas chorudas para espatifar na vela...

Anónimo disse...

Ah Sr Calisto, investigue s.f.f. se a senhora Directora Regional da Cultura, com currículo invejável, se vai continuar com a pasta?
Ou se vai se dedicar ao croché e ou tricot...
E o Assessor com 6º ano escolaridade, ex-fiscal da Câmara da Calheta também vai continuar...

Anónimo disse...

A saída de Eduardo Jesus não é Remodelação, mas sim Credibilização do governo. Até deveria ter sido antes das Autárquicas. Agora era tempo de sabermos os valores socráticos pagos pela Secretaria do Turismo e a Associação de Promoção da Madeira, da qual é presidente da direção o próprio Eduardo Jesus e diretor executivo Roberto Santa Clara, em 2 anos de viagens de representação. Parece que é tudo de primeira classe para cima.

Anónimo disse...

Oh, Oh, Oh!!! E agora como vai ser a senhora LM do "Passeio Público" deixar de usufruir das regalias e mordomias da sala VIP do Aeroporto da Madeira-CR7???
LOL

Anónimo disse...

O Engenheiro Amilcar Gonçalves perde as eleições e ainda é promovido a secretário regional. Está bonito

Anónimo disse...

Tínhamos um meio chefe, passamos a ter um N'2🤔

Anónimo disse...

Sergio Marques não tem futuro político, pois agiu contrariamente aos valores que defendeu nas eleições internas.
Olhando para a maioria dos diretores regionais por si nomeados verifica se que foram nomes de antigas governacoes... Pelo que parece que estava a tentar ganhar apoio interno.
Quanto aos diretores de serviços, quase todos viram seus tachos renovados pelo que a luta pela Meritocracia ficou na gaveta.

Anónimo disse...

A coordenação política quer dizer que o número um vai passar a fazer o que melhor sabe que é: nada e o n 2 vai fazer tudo

Anónimo disse...

Rubina Leal cometi "hara kiri" político hoje ao declarar que foi sua decisão demitir se do cargo de secretária regional para se candidatar a CMF sem nunca atacar Albuquerque e que nao é despromoção ir para a Assembleia legislativa regional.
Agora qualquer político mediano consegue provocar descrédito nas suas declarações, pois são demasiado contra a opinião corrente da população.

Anónimo disse...

Eu se fosse Albuquerque faria mea culpa por nomear Sergio Marques, e depois culpava o pelo descrédito do PSD M, pois alguém tem que arcar com a culpa de tudo o que está a correr mal, inclusive na distribuição dos tachos...

Anónimo disse...

8 milhões 735 mil e 558 euros é o orçamento da Associação de Promoção da Madeira para 2017. Esta associação sem fins lucrativos não terá zeros a mais, pagos por todos nós? Faz sentido o presidente da associação, ter sido o Secretário Regional da tutela? O orçamento da Secretaria não lhe era suficiente? Se calhar para mordomias e viagens à Cristiano Ronaldo, em Novembro já estão a contar trocos.

Anónimo disse...

Totalmente de acordo, caso pragmático o diretor da administração da justiça, nomeado em 2000 por Cunha e Silva, e que apenas ocupa o lugar há cerca de 17 anos, sem deixar marca, o único ato de governo que faz é receber o ordenado.

Anónimo disse...

Ainda bem que a saúde continua igual, está uma maravilha e recomenda-se. Que a contagem decrescente até às regionais comece (se sobrevivermos).

Anónimo disse...

Apoiado anónimo das 23:20.

Anónimo disse...

Ao das 07.01. Igual na Inducaçao. Sao pelo menos 100 escolhinhas para visitar no dia das ditas, entregar medalhinhas, tomar um suminho e ir dizendo umas baboseiradas.

Anónimo disse...

Paula Cabaço:
Cuidado com está senhora. É uma palmadinha nas costas e depois um murro no estômago.
Vejam lá, todos os que a ajudaram, ela foi substituir.
Entre eles, Dr. Maciel da SRA, Dr Paulo Rodrigues do IVM, e agora o Eduardo Jesus, chamou-a para adjunta, e foi corrido.

Raghnar disse...

Mas então o grupo AFA cortou no vencimento do administrador Calado? O argumento para não ter assumido o seu lugar na lista submetida a sufrágio não foi por "ganhar mais" no sector privado? O argumento deixou de ser válido?

Pois, deve ser mais um sacrifício pela "coisa pública". A política nacional está cheia de exemplos destes...

Anónimo disse...

Que grande remodelação, esta do agora Nº2 e presidente de 1/2 PSD...

Anónimo disse...

Alguém acredita que o Calado foi para o governo, ganhar menos que no AFA? Para tantos cargos que vai ocupar, acredito que vai ganhar a dobrar!

Anónimo disse...

Tudo como antes.
Cardoso Jardim era uma marioneta dos grupos económicos, governava para eles, a troco de ir sendo reeleito com espetada e vinho seco.
Entregou os transportes marítimos e portos ao grupo Sousa, a hotelaria, a zona franca e CNIM ao grupo Pestana, as obras publicas às AFA, Tecnovia e parceiros, etc. Quando deixou de interessar, jogaram-no borda fora.
Albuquerque continua na mesma senda. Não havia obras, era preciso pôr a andar o secretário das finanças e o secretário das obras. O da economia (apesar da burrada no subsídio de mobilidade) queria alterar os termos da concessão do porto do Caniçal. Heresia, era preciso correr com ele e rapidamente.
Então ficou decidido que para as obras entrasse alguém que faça o que lhe mandarem, sem levantar ondas. Daí a escolha de Amilcar Gonçalves. Para o Turismo entra Paula Cabaço, sem qualquer experiência no sector, nem na cultura. Confirma ser uma pessoa sem um mínimo de sentido de dignidade. Enxovalhada publicamente por Albuquerque, não teve a ombridade de se demitir de imediato, esperando que corressem com ela. Será um pau mandado, com o anátema que carrega, confirmando que não falta gente que se vende por um prato de lentilhas.
Calado é nomeado pelos lobis, será o seu representante no governo, e tem como missão pôr Albuquerque na ordem. Daí tantas tutelas, finanças, administração pública, economia, transportes, etc. Não terá tempo para fazer bem, mas também não é para isso que para lá vai.
É mais do mesmo, porque é preciso ter alternativas, e apostar só em Cafofo com aquele PS-M é coisa arriscada.
No fundo porquê apostar só num cavalo, quando existem mais cavalos para apostar ?
E a comunicação social está domesticada.
As coisas correm de feição para quem realmente manda nisto.
É tudo como dantes.

Anónimo disse...

Já parece o faroeste com tantos tiros. 1º Rui Gonçalves que era um secretário que fechava a torneira a interesses monopolistas, agora Eduardo Jesus que combateu o monopólio dos Sousas mostrou-se irredutível, e por último Sérgio Marques que aparecia a tudo o que a marioneta (leia-se PGR) não queria ir ou tratar. Quem devia de ser "dispensado" era alguns meninos de gabinete que se acham o topo dos topos cheios de arrogância e superioridade (e pensam que por ter tachinho isso lhes "confere" o poder de maltratar funcionários administrativos, e depois estranhe-se que os funcionários públicos votem na Oposição ou digam mal do seu próprio patrão), limpar uns deputadozinhos que até ajudaram na campanha da oposição (ah mas espera.. eles também têm monopólios por isso podem continuar a dizer mal), "dispensa" no ignóbil do Bruno Macedo e do Rui Abreu.

Estava de facto na altura de ceifar a governação, mas a ceifa devia de ser feita primeiro ao redor (gabinetes), passar pelas secretarias (gabinetes) e acabar na ALM (deputados).

"Não se mexe em equipas vencedoras" já diz o ditado...

Anónimo disse...

parece que as escolhas foram bem feitas pelas reações de medo da oposição

Anónimo disse...

Parece que a estrela do deputado do porto moniz vai ser substituido.

Anónimo disse...

No telejornal de ontem, depois da noticia das substituições deste DesGoverno, ouvimos a noticia de que os agricultores só tem agua de rega de 40 em 40 dias, é o não é de rir? ...afinal esses secretario foi um dos que sobreviveu...mesmo de apoiar a candidata falhada da RB!

Anónimo disse...

Tem o MA na mão, só pode. Não esqueça que o que fez o Humberto Vasconcelos para que o Miguelito fosse eleito. Ou não sabe?

ContraPoder disse...

O Calado não é sócio do Avelino?
Não foi ele que assinou a primeira aprovação do projecto para o "savoy"...?

É só rir