Powered By Blogger

quarta-feira, 22 de novembro de 2017



Jorge Carvalho defende
segregação na escola

“Até na escola, há turmas daqueles e as turmas dos outros”. “É inadmissível que haja turmas divididas pela capacidade dos alunos ou pelo contexto socioeconómico em que cresceram” ¹.

Ao ler estas declarações do Secretário de Estado da Educação, João Costa, feitas durante as Comemorações dos 40 anos da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), lembrei-me, de imediato, das declarações do Secretário Regional da Educação, Jorge Carvalho, a defender que “a intervenção que está a ser preparada tem bases técnicas, científicas e pedagógicas robustas, e representará, sem qualquer dúvida uma melhoria muito significativa da oferta educativa para alunos cujos horizontes se apresentavam até agora muito comprometedores” ².


Na defesa da sua posição, Jorge Carvalho invoca “bases técnicas, científicas e pedagógicas robustas” para justificar a segregação dos alunos nas 7 escolas da Madeira que integram o Projeto Mais, o qual divide os alunos em função da sua capacidade: “Turmas de Desenvolvimento”, para os “bons alunos”, e “Turmas de Recuperação”, para os “maus alunos”.

Em total desacordo, João Costa defende que “Temos de combater instrumentos de segregação. Mesmo dentro da escola pública, há instrumentos de segregação” ¹, e afirma que “há dados que demonstram que a mistura entre alunos de diferentes meios e com diferentes capacidades potencia bons resultados” ¹. Na mesma linha, também o ex-presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE) e ex-Ministro da Educação, David Justino, defende que é possível ter-se “uma escola mais inclusiva” e que é preciso trabalhar para que seja uma realidade. 

Neste contexto, torna-se evidente que Jorge Carvalho não concorda que “o conceito de inclusão é fundamental nos sistemas educativos” ². Em síntese, num governo que tem como bandeira uma Secretaria para a Inclusão, o Secretário Regional da Educação defende a segregação nas escolas da Madeira.

A. Lima

¹ Secretário de Estado diz que é preciso combater segregação na escola
² ‘Bons e maus’ alunos é conceito ultrapassado

7 comentários:

Anónimo disse...

palhaço, é os que temos nesse governo miseravel

Anónimo disse...

Sei do caso de uma aluna com dificuldades de concentração e aprendizagem, reportadas às direções de escola e turma e que se viu colocada numa classe constituída, maioritáriamente, por alunos repetentes e sofríveis, a que uma professora, ao entrar na aula e consultando o horário, se referiu nos seguintes termos: "Pensei que era outra turma, mas afinal vou dar aula à turma dos burros". Bem sei que um caso é apenas um caso, mas pergunto: será tudo isto admissível?

Anónimo disse...

Esta SRE se nao fisse a desgraça da Saúde era a area deste Desgoverno Pior. diferença esta em que ali teem feito mudanças e na Induçao zero. A verdade e que passados mais de 2 anos nao ha uma unica medida de jeito ou sequer medida nesta area. ZERO. Por outro lado quem a dirige do principio ao fim de diretores é do mais fraquinho que aqui chegou.tudo se resume a entrega da,medalha, dia da escola, cerimonia da escola,bla bla bla.

Anónimo disse...

As palavras do Secretário de Estado da Educação, João Costa, são muito certas. Praticar o que ele diz, dá é muito mais trabalho e exige muita competência.A segregação nunca foi caminho para o sucesso.

Anónimo disse...

Inaceitável este projeto. Mais uma inovação que irá resultar mal. Essa mania de apregoar slogans e depois fazer outra coisa já é demais. Ainda não se concluiu que existem medidas positivas na educação? Qual a necessidade de se estar sempre a alterar? Será que a segregação justifica o sucesso escolar, e se realmente existir sucesso? Querem ser mentores de projetos sejam-no noutras àreas, se faz favor.As crianças precisam de estabilidade, relembramos aos esquecidos.

Anónimo disse...

Nem mais anonimo das 19.01. Basta ver a agenda desta semana que culmina nesta 6a feira, com mais medalhas,dias da escola, conferencias repetitivas dos Erasmus e da juventude e Educaçao?

Anónimo disse...

Estes nossos governantes regionais são uns "super strars" do show of...
O que importa é parecer, não importa ser!
Fazer turmas de elites e outras de alunos menos inteligentes é coisa do arco da velha, sem pés nem cabeça! Certamente, foi ideia de um progenitor de filho inteligente!! Mas esquecem-se que os ditos inteligentes são tb "burros" em algumas coisas!
Em alguns casos, exigem-se inclusões quase impossíveis como é o caso dd problemas gravíssimas de paralisias cerebrais e outros problemas complexos que são incluídos em turmas normais, sem apoios da Edução Especial, na maior parte do tempo!
E noutros casos, fazem-se estas experiências loucas!!
As crianças não são COBAIAS!!!