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sábado, 4 de novembro de 2017


PSD Machico sem rei nem roque


João Pão

Após uma derrota estrondosa e histórica que assolou o PSD Machico nas últimas eleições, é natural em democracia assumir os resultados, proceder a uma avaliação interna e dar lugar a outros para comandar os destinos do partido para aquele concelho. No entanto e para espanto de todos, o candidato à câmara, Ricardo Sousa, diz-se surpreendido pelo resultado. Terá sido pelo excelente trabalho que desempenhou na Santa Casa da Misericórdia de Machico, enquanto presidente da assembleia geral onde deixou passar as aventuras e desventuras financeiras do seu grande e ex amigo Provedor Delgado que culminaram no descalabro das contas daquela instituição? Terá sido a ganância e ambição desmedida por todo e qualquer tacho? Terá sido pelo assalto que conseguiu a presidência da delegação regional da liga portuguesa contra o cancro? Terá sido por se achar o special one de Machico, em que se bastava a si próprio, tendo por isso escolhido uma equipa de gente ilustremente desconhecida do ponto de vista político e profissional? Não! Nada disso, a culpa foi do Passos Coelho. 

Outro grande derrotado da noite foi Élvio Encarnação, candidato à assembleia municipal, deputado e coordenador político concelhio, o qual afirmou “tinha uma expectativa bem melhor… as pessoas penalizaram-nos eventualmente por outras razões, mas temos consciência que o nosso trabalho realizado foi sério e limpo, o que muitas vezes não aconteceu com os adversários”. Que estranho. Será que a penalização teve a ver com a sua incapacidade em desenvolver uma estratégia política ganhadora? Será que teve a ver a sua não vontade característica em trabalhar? Será que teve a ver com a influencia do seu amigo escocês na forma mal-educada, agressiva e arrogante com que abordava a população e os seus companheiros? Será que teve a ver com a crença de que enquanto candidato a vitória eram favas contadas? Infelizmente estou errado. A culpa foi do Ricardo Franco.
Poucos dias após a derrota eis que Élvio Encarnação surpreende-nos mais uma vez ao afirmar que não se recandidatava (qual Passos Coelho) à comissão política de freguesia, ficando com a liderança da comissão de concelhia. Sim porque caramba, A assembleia municipal neste mandato restringiu-se apenas à freguesia de Machico.
Pensava eu que o folclore e o circo tinham chegado ao fim quando hoje um amigo meu teve a amabilidade de enviar um print screen com críticas ferozes de Cláudia Gomes, uma célebre e destacada ex- quase nada deputada daquele concelho contra Emanuel Gomes um reles e pouco ou nada conhecido ex-presidente da câmara e deputado, das quais saliento a deste ter feito escola num partido, amadurecido noutro até chegar ao topo da cadeia alimentar (leia-se PSD) e, que por isso não tem moral para criticar seja lá quem for. Pena que aquela ilustre e competente figura de proa da política machiquense se tenha esquecido das andanças e vivencias políticas de seu pai, Jorge Gomes, o qual após guerras e birras internas decidiu candidatar-se pelo CDS, que está quase na base da cadeia alimentar ou seja é caso para dizer que foi de cavalo para burro.  No meio dos habituais gostos e respostas contra e a favor surge uma que me chamou a atenção, a do coordenador político concelhio Élvio Encarnação que diz o seguinte “Não quero alimentar "sombras". Durmo descansado de tudo termos feito e de mantermos a nossa dignidade pessoal. Durmo descansado. Sempre para o lado direito. Sempre.” Belisquei-me para ver se estava a ter um sonho, mas não, era mesmo verdade. Então não é que o principal derrotado das últimas eleições autárquicas em Machico dorme descansado e faz politiquice nas redes sociais, em vez de convocar os militantes e fazer um análise e reflexão dos resultados eleitorais? Não, porque o mais importante é fazer de conta que foi um pesadelo e a vida continua. Sim porque interessa preservar o tacho de deputado que a vida está difícil, responsabilidades? O povo é culpado de tudo isto por isso peçam-lhe contas. Com tudo isto o PSD Machico está na rua, sem liderança, sem rei nem roque. Numa altura em que é necessário reflectir e definir novas estratégias para 2019, no fundo arrumar internamente a casa eis que o coordenador político dorme descansado sempre para o lado direito para segurar o seu tacho subvertendo o mais belo princípio da política que é servir a causa pública. Tudo isto com a conivência dos órgãos regionais. Para onde vais PSD Machico? 

4 comentários:

Anónimo disse...

Para onde vai o PSD de Machico? Em acelerada descida, para o abismo.

Anónimo disse...

Desde as eleições internas do PSD regional que o PSD de Machico está sem destino... Não entendo qual foi a novidade do resultado obtido. Não basta dizer que está mal ou está bem, também é preciso fazer! A primeira iniciativa passava por ter a capacidade de unir... Para fazer é preciso pessoas com capacidade de trabalho, liderança, abnegação, disponibilidade e vontade de trabalhar com eficiência e eficácia em prol do bem geral. Escusado será dizer que tudo isto passa por uma revolução de mentalidades. O que observamos foi que para comandar ou ser candidato basta ter um curriculum recheado e sem execução prática, ou pertencer à família tal, ou por inúmeras razões que em nada trazem nada de novo para a causa pública. A alternância é salutar, mas quando é para melhor... Venham novas eleições para o PSD Machico!

Anónimo disse...

O Elvio Encarnação está mais interessado em tomar uns whiskies com o chefe Rui Abreu no Faial, do que liderar o PSD de Machico

Anónimo disse...

Parabéns João Pão pela coragem e a visão objectiva e pragmática do que está realmente a acontecer ao PSD Machico, onde a actual coordenação pseudo-liderado pelo chamado meia bola obteve a pior e mais esmagadora derrota em Machico e continua com a sua pandilha todo arrogante e a achar que nada se passou. Aliás basta ver as figuras tristes que este senhor faz sobretudo ao fim da tarde e à noite nos diversos bares de Machico acompanhado pelo seu amigo escocês.