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quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Bagunça Rumo a 2019





QUINZE


A Geografia repete-se. Veja-se o que nos trazem os ventos de Espanha - os predominantes, da Catalunha.
Depois do referendo feito só por uma das partes em litígio, dia 1 de Outubro, com Mossos contra Guarda Civil e urnas adquiridas nos armazéns chineses, o art.º 155 mandou os dirigentes separatistas para o calabouço, enquanto alguns se exilavam em Bruxelas. Nas eleições do passado dia 21, ganhou a fenomenal e bela Inés Arrimadas (que pena ser um pouco à direita!), porém a chefe catalã do Ciudadanos recusa-se a constituir governo em Barcelona porque os líderes supremacistas presos e exilados, juntos, têm a maioria. O mais certo era acontecer-lhe o que aconteceu a Passos Coelho. 


Rajoy, que apanhou forte e feio nas urnas, entende que Inés ao menos deve tentar chegar a presidenta. O mesmo exige Pedro Sánchez, o chefe do PSOE que para se manter à frente do partido precisou de derrotar a 'Mayor' da Andaluzia Susana Diaz quando esta, apoiada pelos socialistas caviares de Espanha, tentou tomar conta do aparelho, correndo Sánchez.
Inés Arrimadas, abordada no mesmo sentido pelo patronato catalão, aflito com as empresas que diariamente se põem a milhas da confusão, ignora as pressões. Ganhou. Mas sem maioria absoluta. E os assentos conquistados pelo PSOE e pelo PP, aliados naturais, não chegam para um deputado mais gordito se sentar. Assim, fica na reserva, a ver o que fazem os independentistas - se conseguem outra geringonça à portuguesa ou não. 
É o diabo!
Os militantes dos JpC querem que Puigdemont  faça a proclamação de posse como presidente da Catalunha por via 'telemática', desde o exílio em Bruxelas. O calculista Oriol Junqueras, da Unidade Popular, continua 'dentro' a ver o fôlego do possível parceiro no governo, em reedição, Carles Puidgemont.
Vem aí uma geringonça parlamentar catalã feita de várias geringonças.

Embora situada a várias horas de voo, chegam à Tabanca do Atlântico uns estilhaços catalães. A geringonça municipal do Funchal quer tomar a Quinta das Angústias. Para isso, Cafôfo vai às primárias regionais, dia 19, para ganhar o PS. Nunca se assumiu militante e concorre com nome falso, apoiado por uma nervosa máquina de clientes cristãos-novos, onde se tentam albergar velhos socialistas do caviar, para não perderem o que ganharam no tempo do desenvolvimentismo jardinista. Projecto cafofista que tem como objectivo de fundo abrir as vulnerabilidades do que nos resta de autonomia para sua excelência o nosso Primeiro Costa em breve ter às suas ordens o país inteiro, do Minho à Índia e a Timor. Perdão, Selvagens e Corvo. 
Carlos Pereira, que uma vez líder regional vestiu a camisola de deputado nacional, gerindo o partido da Madeira com um telecomando sem pilhas, vê-se agora em pulgas para evitar uma situação à Seguro. 
O que ganhar dos dois adversários no dia 19 de Janeiro - Pereira ou Cafôfo - irá bater-se com o candidato do PSD-M, que por sua vez ascendeu ao poder prometendo erradicar de vez o jardinismo, para depois do banho autárquico optar pelo regresso ao passado. Isso numa situação em que o mesmo Albuquerque abdicou dos seus poderes executivos e políticos em favor de Pedro Calado, ficando o virtual líder reservado para visitas a bombeiros, velhinhas e doentes.
Com todas estas uniões de facto ditadas pelo interesse, a borrasca não tarda por aí, a substituir o azul celeste de mais umas festas estranhas.
Bem dizia o outro que de Espanha nem bom vento nem bom casamento.

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