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quarta-feira, 20 de dezembro de 2017


DISCURSO DO DEPUTADO INDEPENDENTE GIL CANHA 
NA DISCUSSÃO DO ORÇAMENTO DA REGIÃO PARA 2018


"No seguimento da discussão do orçamento para 2018, e pelas palavras do sr. Vice-presidente do Governo, constatamos que voltamos à velha política do betão e das grandes obras megalómanas. Não interessa a utilidade ou urgência das mesmas, o que interessa é seduzir e enganar o povo, para conseguir o seu voto no dia das eleições, mesmo que isso represente mais endividamento e mais descalabro económico.
Depois de 40 anos de regabofe jardinista e de uma economia dirigida unicamente para satisfazer e alimentar as grandes construtoras e os grupos económicos monopolistas, o sistema colapsou, deixando a sociedade madeirense na falência e condenando as nossas famílias à mais dura das austeridades.  

Então, para sobreviver, o regime inventou um novo Messias, uma espécie de pastor evangélico de longas barbas, que candidamente prometeu renovar o regime e acabar com os velhos vícios jardinistas. 
E mais uma vez o povo foi enganado, porque rapidamente, esse tal Salvador alaranjado não aguentou a pressão da Máfia no Bom-sentido nem investidas de uma Raposa Pelada que ambiciona o seu lugar, e virou a casaca, voltando tudo à estaca zero. Isto é, retornou às velhas práticas do passado, as mesmas que nos legaram este buraco milionário de 6 mil milhões de euros de dívida.
Na mitologia grega, Sísifo foi condenado a uma cruel punição eterna por enganar os deuses. O castigo consistia em repetir a mesma tarefa, que era empurrar uma grande pedra por um monte acima, e depois de alcançado o topo, a pedra voltava a rolar monte abaixo, até o ponto de partida. Depois tinha que repetir tudo de novo. 
No nosso caso, o que este orçamento nos diz, é que estamos condenados eternamente a carregar uma monumental dívida até o cimo da Rua do Quebra Costas, e quando chegámos ao cimo da rua, e pensamos que nos livramos da maldita dívida, sai de dentro de uma casa assombrada, um Deus Papudo, coadjuvado pelo sr. Vice-Presidente do Governo, e obriga-nos a voltar com a dívida às costas pela rua abaixo, e quando chegámos ao fim da rua, aparece o sr. Avelino, da AFA, e o sr. Eng. Resende, da Tecnovia e gritam-nos: 
-Voltem lá para cima outra vez com mais esta dívida seus malandros! 
E lá subimos novamente o Quebra-Costas com o carregamento a duplicar. E quando chegámos ao topo, as nossas divindades vociferam: 
- Ah seus artolas, vocês agora vão descer com a dívida, com as novas parcerias público-privadas e com estes encartes do Diário de Notícias!    
E voltamos a descer a rua a transpirar, onde nos espera agora o Grupo Sousa e o Grupo Pestana com mais uns carregamentos extras, e toca a repetir o calvário ladeira acima, com toda a cangalhada encavalitada no lombo.  
E os senhores deputados devem estar para aí matutar: 
- Mas afinal quando acaba esse maldito castigo de pôr o povo madeirense a subir e descer o Quebra Costas com semelhante carga? 
Eu digo-vos: nunca acabará! Porque quando desaparecer a Divindade Papuda, o seu lugar vai ser rapidamente ocupado pela Raposa Pelada, que irá continuar com o mesmo sistema punitivo até ser substituída por um outro galo palheiro."

12 comentários:

Anónimo disse...

este deputado está bem, ..mas infelizmente para a maioria e a população ele (Gil Canha) a que está errado.

a nossa população não vê além do umbigo, infelizmente.
somos governados por incompetentes , e, o calado é um deles , pensando que é um iluminado.
devia era ficar mesmo CALADO, fazer jus ao seu nome,

Anónimo disse...

O Pedro Calado é um lobo vestido de cordeiro.
Apareceu agora no governo cheio de poderes para os quais não foi eleito.

Ele estava nas listas do PSD, se tivesse aceitado ser deputado teria assento na Assembleia Regional, como qualquer outro deputado. Mas não aceitou esse mandato de deputado atribuído pelo povo. Rejeitou esse mandato público e preferiu ficar no privado, no AFA. Agora aparece no Governo num cargo em que não foi eleito. Ele não foi eleito para vice-presidente, foi nomeado pelo Albuquerque, e na prática anda a fazer o papel de Presidente do Governo Regional. Ele não tem legitimidade para exercer um cargo com tantos poderes, não tem legitimidade para estar à frente do Governo, não tem legitimidade para falar aos madeirenses em nome do Governo Regional.

Cada vez fica mais claro que ele saiu do privado para esse cargo público para que certos interesses privados continuassem a ser salvaguardados na Madeira em prejuízo dos legítimos interesses de todo o povo madeirense.

Logo que foi para o poleiro começou logo a anunciar que ia gastar muitos milhões em obras desnecessárias, até vias rápidas para a Ponta do Pargo ele anunciou, numa ilha em que faltam medicamentos no Hospital e nem os exames os madeirenses conseguem fazer no Hospital, é preciso recorrer às clínicas privadas. Para que serve os impostos dos madeirenses e de todos os contribuintes portugueses? É para continuar a dar de mamar a Afas, Tecnovias, e Sousas, Pestanas, PPPs e afins?

Anónimo disse...

Atirar a toalha ao chão é lamentável.
Ainda está-se a tempo de alterar o rumo dos acontecimentos.
Alguém já propôs o caminho.

Anónimo disse...

E o circo ali tão próximo!

Anónimo disse...

Só um povo burro é que permite que os sousas, os pestanas e os farinhas continuem a "chular" os nossos parcos recursos! Anda tudo a "mamar" à volta do orçamento e as prebendas que o poder "corrupto" fornece!
Parabéns drº Gil Canha pela sua clarividência! E o desmontar da chulice que está montada na mamadeira!

Anónimo disse...

A Viloada carregou e vai carregar até o fim dos tempos o pedregulho o que é bem feito.

Anónimo disse...

Vi o discurso na televisão e ainda estou a rir. Um retrato fiel da situação madeirense.

Anónimo disse...

Há outros pesos que falta carregar!... Não estão aqui todos!.. Terra de broquilas,lol

Anónimo disse...

Era bom deixar cair a pedra e esmagar os que estão em baixo.

Anónimo disse...

o Pedregulho não é a tal da ACIF?

Anónimo disse...

Só falta o barrete de vilão ao tipo que carrega a pedra é por isso que vou sair da Madeira porque não aguento isto

Anónimo disse...

É insuportável viver nesta Ilha e assistir diariamente a injustiças e roubalheira. Uns trabalham para ver outros a ganhar mérito e ainda outros a encher os bolsos facilmente enquanto o povinho esfolasse para conseguir chegar ao fim do mês a contar cêntimos... Vou seguir o único bom conselho de Passos e emigrar deste país, não há quem aguente