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quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Bagunça Rumo a 2019







VINTE 


Como o tal filme que o canalhedo costumava citar sobre os precisos de Judas no deserto, este outro título conserva a sua carga filosófica: 'O regresso dos que nunca foram'. Lembram-se? 
É o que se está a ver no Laranjal pós-desenvolvimentismo betonal - o betão das obras e o betão das mentes. A velhada que os albuquerquistas correram nas eleições internas manteve-se camuflada nas imediações do castelo, tratando imediatamente de minar as muralhas do renovado PSD, primeiro subterraneamente e agora com descaro deliberado, a meia altura e por alto.

A parte palaciana das Angústias, como se previa pela fragilidade patente em certas cabeças que se julgavam mestres da política, pouco tempo resistiu às constantes flagelações desencadeadas a partir do santuário do mal. O desgoverno da propalada renovação desabou e agarrou-se à mão que os anciãos da tribo cinicamente lhe lançaram.
A táctica seguinte - porque as acções guerrilheiras não acabaram - virou a agulha para o outrora inexpugnável bastião da Rua dos Netos, para onde se mudou o lugar-tenente impelido pelos ventos revolucionários da contestação fossilizada. E o facto é que o aríete já leva trabalho adiantado nas brechas da desguarnecida fortificação.
O chefe dos que nunca foram já faz gala, aliás vestido com o smoking de S. Silvestre, de avisar publicamente os novatos que se julgavam alguém na política: sigam os conselhos que tenho dado.
Ouviu-se de viva voz. 
Ao que chegámos! Miguel Albuquerque terá de escolher entre completar o exílio do secretário-geral Rui Abreu e a continuidade dos ataques sucessivos do 'fogo amigo'. 
Depois, perversão das perversões, é isto: se Miguel abre a porta aos velhos dissidentes, acaba com o partido definitivamente, já que a exigência que alguns dos velhos barões expectantes nos confidenciam nas ruas é que o ex-chefe integre as listas nas próximas regionais com a promessa, para começar, do lugar de presidente da Assembleia Legislativa. A cedência levaria a uma troca de posições entre as facções laranja irredutivelmente desavindas. 
Matéria para escrever não vai faltar doravante, até pelo nervosismo que percebemos retornar trazendo o bem-vindo 'cheirinho a pólvora' de outros tempos. 
Se a esta telenovela mexicana em cartaz na 'Velha Madeira Nova' juntarmos a situação no 'saco de gatos' da Praça Amarela/Câmara do Mayor, mais o trapiche PP e o estado dos vira-casacas do Bloco, isto é que vai ser um 2018!

8 comentários:

Anónimo disse...

'Velha Madeira Nova' ou NOVA MADEIRA VELHA

Anónimo disse...

A vilhoada está perdida, dum lado o Jardim com a tralha velha, e do outro, o Cafofo com os novos oportunistas e tachistas. Até é bem feito!

Anónimo disse...

"É preciso que tudo mude para que tudo se mantenha." - Giuseppe Tomasi di Lampedusa

Anónimo disse...

Abrir as portas a Cardoso Jardim e restante escumalha, seria o maior erre político de Miguel Albuquerque.

Anónimo disse...

Então o homem não dizia que aquilo era a Casa dos Loucos e agora a quer presidir? Louco + Louco, igual a que?

Anónimo disse...

E o Cafofo já financiou o livro dele como prometeu?

Anónimo disse...

Agora o Cardoso Jardim também é especialista em pirotecnia e actividade cênica.
Pergunta-se onde estiveram os 600 anos no fogo de artifício.
Recomendamos ao nosso Bokassa que faça a pergunta ao seu advogado e presidente da comissão dos ditos 600 anos. Poderá assim até, dar conselhos sobre futuros fogos, com certeza com muito azul e amarelo, e banindo o verde e vermelho.

Anónimo disse...

Nas Democracias do Norte da Europa esta era uma entrevista concedida a partir da Cancela.