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sexta-feira, 9 de março de 2018

Bagunça Rumo a 2019





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Cafôfo a gozar
com a vida das Pessoas



Residentes ao Largo da Fonte obrigados a recorrer à Justiça para que a câmara lhes retire a 'guilhotina' de cima da cabeça 


Os moradores avisam: a câmara está a adiar mais uma desgraça anunciada.

Sua excelência o Mayor da capital já foi notificado para contestar à acção que lhe moveu a família que reside junto ao Largo da Fonte numa casa ameaçada por árvores e troncos em risco de se abater sobre pessoas e bens. Não satisfeitos com as 13 mortes e os 51 feridos no fatídico 15 de Agosto do ano passado, depois de tantos avisos para o que podia suceder, chefe municipal e órgãos competentes sob sua alçada têm ignorado vergonhosa e inconscientemente os apelos lancinantes de quem vive um jogo de 'roleta russa' no cai-não-cai de árvores podres e sem sustentação capaz no terreno. 
Então, sem qualquer tipo de protecção para si, bem como para os comerciantes, residentes e visitantes da zona, é a família Mendonça a ter de enveredar pelos tribunais a fim de obrigar os insensíveis autarcas a cumprirem a sua obrigação: diligenciar a favor das medidas necessárias para que as árvores que ameaçam de morte os frequentadores do local - Largo da Fonte e encosta sobranceira para o lado da igreja - deixem de constituir o perigo real que hoje constituem. Medida também urgente sabendo-se que o local é diariamente frequentado por outros munícipes e até turistas estrangeiros.

Monitorização adequada, eficaz e do conhecimento público das condições de implantação, desenvolvimento e do estado fitossanitário do património arbóreo municipal em questão - eis o que exige a família Mendonça. A Autora da presente acção aponta a necessidade de abate de vários plátanos que se encontram indiscutivelmente podres e em risco de cair a qualquer momento, dentro de um minuto ou de um mês.
Logicamente, a exigência engloba a poda dos galhos perigosos, poda essa numa perpendicular ao prédio onde residem os Autores recorreentes à acção, que é justificada pela situação de risco iminente de elevados danos pessoais e patrimoniais.
Estamos perante obrigações elementares que competem ao proprietário do parque público 'Largo da Fonte', isto é, a câmara do Funchal, a quem, portanto, competem os deveres de fiscalização, limpeza, manutenção e análise rigorosa do estado fitossanitário das árvores, muitas delas actualmente 'seguras pelas peles'.
Numa palavra, está iminente a queda de galhos, cabos de aço e árvores sobre pessoas e bens. Na letra da acção, os Autores dizem temer pela vida de toda a família e pela segurança de quantos diariamente se deslocam à zona perigosa.
Existem até árvores já mortas que continuam de pé sem explicação, com a câmara à espera que se dê nova desgraça, para depois vir justificar-se de que o problema é antigo e que não tinha conhecimento de nada - como se dá com o caso do 15 de Agosto. O presidente de câmara, recorde-se, chegou ao cúmulo de fugir a responder perante uma comissão da Assembleia Legislativa.
E a câmara mais uma vez alegará ignorância apesar de a interposta acção prevenir desde logo que não há hipóteses de nova alegação de desconhecimento por parte do presidente e seus órgãos municipais competentes.  
Por exemplo, consta da acção o alerta de que a iminente queda de um dos plátanos - assente num muro cheio de fendas e rachas provocadas pela necessidade de espaço das raízes - provocará, como o carvalho de Agosto do ano passado, mortes e feridos entre os que por azar estiverem a circular no local. Os avisos dos Autores começaram há muito, já no tempo de anteriores vereações. Agora, que a tragédia aconteceu em 2017 e o perigo continua como uma guilhotina sobre a cabeça de cidadãos, o desleixo continua. 
Os técnicos galegos que estiveram no Monte, na sequência da queda do carvalho, confessaram aos moradores o perigo que alguns plátanos constituem. Os técnicos devem tê-lo feito também às entidades oficiais, pagas para salvar a vida aos cidadãos e não para lhes apressarem a morte. Mas nada está a ser feito.
O descaramento daquela carga de insensíveis municipais é tal que, ao mesmo tempo que, além de eventos populares, indeferem a instalação de barracas para venda ambulante no Largo da Fonte, com o vereador da fiscalização municipal argumentando (a uma das associações da freguesia do Monte) com a falta de condições de segurança daquele espaço, ignoram criminosamente os apelos de quem vive em permanente risco de vida debaixo de galhos e troncos assassinos que podem cair de um momento a outro.
Tencionam Cafôfo e demais irresponsáveis arengar, se houver tragédia, que nunca ouviram falar do assunto? Será que, à semelhança do que fizeram com o Parlamento, fugirão a responder na acção que lhes foi agora movida?
Os Autores da acção não pedem nada a que um contribuinte qualquer não tenha direito: segurança, paz e sossego no seu dia-a-dia e dos dos frequentadores do Largo da Fonte. Como fazem notar, não os move qualquer agenda política, já que as suas reclamações vêm de vereações de outras cores. Mas também não aceitam que os seus interesses sejam subordinados à agenda política de qualquer executivo municipal. Não ficarão de braços cruzados a ver a câmara continuar a adiar mais uma desgraça anunciada.
O assunto poderia resolver-se de uma penada: era questão de esta vereação imbecil, como pelos vistos as anteriores, ganhar um pouco de vergonha na cara. Deixem-se de atrapalhar, deixem-se de dar despesa nos lares, deixem-se de brincar com a vida dos munícipes. 

9 comentários:

Anónimo disse...

Calisto, a resposta vai ser que não são carvalhos e que têm viçosas copas verdejantes. E que a culpa é do padre Giselo.

Anónimo disse...

Muito bem.
Há que chamar os bois pelos nomes: incompetentes, para não lhes chamar outra coisa.

Anónimo disse...

Ninguém vai preso?

Anónimo disse...

Vamos lá cortar aquilo tudo e depenar o Largo da Fonte satisfazendo o ego dos Jeamistas Funchalenses. Que não fique arvore sobre arvore para memória futura.

Anónimo disse...

Então andaram a cortar árvores um pouco por toda a cidade, sem critério, e não foram ao Monte porquê?
Para não reconhecerem à Junta de Freguesia toda a razão que lhe assiste, pois desde há muito que tem alertado por escrito.

Anónimo disse...

Anónimo 9 de março de 2018 às 12:53

"Ninguém vai preso?"

...alguém das Vereações anteriores (que também foram alertadas para a queda iminente destas árvores, segundo consta publicamente)pôs esta questão ("Ninguém vai preso?") quando das obras do aterro (Praça do Povo). Conclusão: o "Ninguém vai preso?" pode ter "efeito boomerang".





Anónimo disse...

Estão à espera do Professor Mentiras? É melhor arranjarem uma cadeira porque ele agora está ocupado com as árvores da Quinta Vigia.

Anónimo disse...

Anónimo das 14:58. Se a queda fosse iminente não demoraria 5 anos a cair. Se não sabe português aprenda. Não tente defender os seus patrões com o passado, que é argumento que já enjoa.

Anónimo disse...

A trazer o que é da justiça para a politica é reprovável num estado de direito.
Existe separação de poderes!
Deviam ir presos os que usaram dinheiros públicos de partidos sem prestarem contas ao Tribunal Constitucional, não obstante os vários e sucessivos pedidos.