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segunda-feira, 16 de abril de 2018

Reconhecer o erro e pedir desculpa, que raridade


Paulino Ascenção:
uma pedra no charco



O nome de Paulino Ascenção envolvido no leque dos deputados oportunistas que ganhavam dinheiro da insularidade em nome de viagens que não pagavam foi a machadada mais dolorosa provocada pela notícia do Expresso. Sem ofensa aos deputados do PS e do PSD, representantes da Madeira em São Bento que merecem o nosso apreço pese este deslize tão feio do subsídio, levamos em conta que Paulino acaba de chegar à liderança do Bloco de Esquerda na Madeira e quem gosta de política sonha sempre com a reedição de vedetas da nossa História como foi Paulo Martinho Martins.

Daí a decepção à esquerda ter sido mais desagradável do que as demais.
Mas a resposta de Paulino Ascenção à situação denunciada pelo semanário merece uma nota especial. Mostrando um desprendimento próprio de quem conhece as suas virtudes, competências e defeitos, ao contrário dos inseguros que se alapam desesperadamente aos tachos, o deputado bloquista nacional, sem precisar de uma eternidade para ponderar - e enquanto outros preferem colocar o lugar à disposição, para continuar no sítio - simplesmente anunciou a renúncia ao mandato. Uma raridade na política nacional e regional. Renúncia acompanhada por mais uma atitude que só dignifica o seu autor: o pedido de desculpas aos portugueses que plasmou no comunicado de despedida de São Bento. Havendo ainda o pormenor de que todas as verbas imoralmente recebidas (embora não ilegalmente) serão entregues a instituições sociais da Madeira, já que não podem ser devolvidas ao Estado.
Com este episódio de má nota para os envolvidos, Paulino Ascenção, em nosso entender, não fragiliza a liderança do BE-Madeira, a seu cargo. Pelo contrário. Seria melhor não ter praticado os actos denunciados pelo Expresso. Mas, e porque ninguém nesta vida tem moral para atirar a primeira pedra a quem quer que seja, Paulino faz história na política madeirense. Reconheceu o erro e pediu desculpa por ele. Quase nos faz acreditar que há uma geração de ilhéus capazes de fazer explodir a tão ansiada terceira via.
Pessoalmente: chapeau, Paulino.  

40 comentários:

Anónimo disse...

Obviamente foi a gestão central do BE que disse para o fazer: Lava a cara o BE e não o Paulino, como é óbvio.
Agora gostava de ver o Carlos e o Vilhena, o sonhonhó Neves e as meninas Madruga e Berardo. Força cambada.

Miguel Zebedeu disse...

Atitude interessante!

Anónimo disse...

Sem querer tirar qualquer mérito à decisão do deputado Paulino, só relembro que, aquando da campanha interna para a direção do BE na Madeira, este deputado, então candidato, afirmou que renunciaria ao mandato em São Bento se ganhasse as eleições internas. Ou, seja, a renuncia ao mandato ja estava anunciada, foi precipitada mas é precipitada pela noticia do expresso.

Anónimo disse...

Grande tanga !
Mas que grande tanga do Paulino.
Ele no fim de fevereiro disse à comunicação social que iria renunciar, porque como coordenador do BE na Madeira, era aqui que teria que travar o combate político. Tudo para não cair no erro do Carlos Pereira.
Só agora é que percebeu que um parlamentar deve ter elevados princípios ?
Se a marosca não viesse nos jornais, iria comer como os outros e ficar com o dinheiro. Foi desmascarado, arma-se em pudico e entrega o dinheiro a instituições de carácter social. Que grande hipocrisia.
Vamos a ver se o grande democrata não vai retomar o lugar na assembleia regional. Pode não ser já. Deixem passar dois ou três meses e logo se verão os grandes princípios deste oportunista.

José Vicente Gomes disse...

Em primeiro lugar, assinalo como positiva a atitude do deputado Paulino Ascensão. Não a louvo, porque de louvar seria que não tivesse sido necessária.
Em segundo lugar, espero que os demais deputados pelo círculo da Madeira à Assembleia da República que receberam mais do que as suas funções lhes permitia, lhe sigam o exemplo, dando expressão à assumpção de responsabilidades políticas que, independentemente de procedimentos burocrático-administrativos, criminais ou disciplinares, deve ser assumida sempre e imediatamente pelas pessoas que assumem cargos públicos de eleição ou nomeação.
Jurista de formação e vocação não tenho qualquer dúvida em afirmar que a acumulação de um subsídio de deslocação enquanto deputado com um subsídio de mobilidade enquanto residente é ilegal. Nem que seja pela simples razão - e este é um só dos argumentos - porque o deputado eleito pelo círculo eleitoral da Madeira pode até nem ser residente na Madeira (como parece ser até, o caso da senhora deputada que escapou ao "escândalo" - diz ela que por opção pessoal, dizem outros que por ter domicílio fiscal em Lisboa, onde trabalhava antes de assumir funções). Consequentemente, o subsídio de mobilidade indevidamente pago, deveria ser devolvido ao Estado que o pagou e não distribuído por instituições à escolha do ilegal beneficiário. Será certamente mais complicado em termos burocráticos, mas não é seguramente impossível.
Trata-se, portanto, de atos contra a lei, contra a ética e contra a moral. Enquanto cidadãos da República Portuguesa, devemos exigir que a legalidade seja reposta. Da ética e da moral tratarão outras instâncias, quiçá mais poderosas.

Anónimo disse...

Devia pedir desculpa e abandonar todos os cargos politicos ai sim teria o meu reconhecimento, nao e so o mandato de deputado devia sair da vida publica!!

Anónimo disse...

Importa saber se estava ou não consciente da ilegalidade ?
E os outros madeirenses e o moralista açoreanao ? Já deram sinal de arrependimento ?

Eu, O Santo disse...

A atitude de Paulino fica-lhe bem. Todos erramos, no entanto o verdadeiro erro é persistir na atitude.

Lemos muitos comentários a instarem-no a abandonar a política. Só vejo uma razão para tais comentários: impedir que haja uma ética de responsabilidade na política.
Neste caso, os comentários que pedem a seu afastamento da política seriam de "alapados ao tacho". Esses "alapados" não querem se demitir caso sejam descobertas as suas poucas vergonhas.
Mais ainda, é do interesse desses sem-vergonha que pessoas de bem não intervenham na política, pelo que todo e qualquer cidadão que mostre que é contra a corrupção, o favorecimento ou o alambuzamento com os dinheiros públicos é um seu inimigo (especialmente se nalgum futuro verosimil poderá deter um cargo público).
Também é verdade que os "alapados" pretendem fazer crer que todos os intervenientes na política são "corruptos", mentirosos e falsos para que os cidadãos se descuidem da gestão da Coisa Pública e mais importante, não votem.

A demonstração está que esses comentários não criticam os deputados do PS e do PSD-M que fizeram o mesmo. A esses não lhes é pedido nada. Claro, esses se tivessem um cargo político provavelmente seriam coniventes com este tipo de situações praticado por direções superiores e intermédias. Logo, não são ameaça à sua subsistência e manutenção de suas "vantagens particulares".

Anónimo disse...

Bem visto!
Acham mesmo que se ele não tivesse ganho as internas do BE demitia-se agora???
Aguardem para ver a jogada deste “mestre”!

Anónimo disse...

Ao contrário do Santo, eu peço responsabilidades a todos os deputados, independentemente do partido.
Mas não posso dar parabéns ao deputado Ascensão. E não o posso fazer porque o deputado do Bloco de Esquerda teve um comportamento imoral e éticamente reprovável, tal como outros, embora eventualmente legal. Em nada diferiu dos seus pares.
Ora, se o caso não tivesse saído na comunicação, o deputado Paulino Ascensão continuaria a beneficiar de um expediente, tal como outros deputados das ilhas.
Em fevereiro disse publicamente que abandonaria a Assembleia da República porque o lugar como líder do BE local assim o exigia. Em março adiantou que afinal só o faria no verão.
Está bom de ver que ao rebentar este escândalo, o BE exigiu a sua renúncia, aproveitando Paulino Ascensão para dar uma pseudo aula de ética, valores e princípios morais que devem reger a prestação de um parlamentar. Ora, se esses princípios são devidos ao parlamentar nacional, se-lo-ao também ao parlamentar regional, pelo que para ser coerente, o líder regional do BE, deve também renunciar ao mandato na Assembleia Regional.
Bem sei que este parlamento está associado a uma "casa de loucos", e que se contarão pelos dedos de uma mão o número de parlamentares regionais que se regem por princípios morais e de ética. Todos sabemos que a grande maioria está ali para defender a sua carreira. Mas, é aí que Paulino Ascensão deve fazer a diferença, se quer o respeito, e que o respeitem.
Por isso, para não considerar Paulino Ascensão como "mais um", aguardo coerência e, consequência.
Isto não implica que não possa continuar na acção política, e, até como líder do BE. Mas é uma opção que poderá ter custos eleitorais.
Mas isso é problema do Bloco de Esquerda.
Quanto aos outros deputados, nenhum deles terá alguma vez o meu voto. Ao não retirarem consequências, serão apenas seres desprezíveis, para mim.

Anónimo disse...

Acha mesmo que uma pessoa que foi diretor financeiro da maior câmara da Madeira, farta de levar com auditorias do tribunal de contas não sabia da imoralidade que estava a cometer?
Imoralidade e ilegalidade! Conhecem o crime de enriquecimento sem causa?
E o que diz o subsídio de mobilidade? Diz que os ilhéus têm direito a ser reembolsados pelas despesas de deslocação entre as ilhas e o continente...se ele não teve despesa (foi o Estado que teve), porque so achou no direito de receber aquele subsídio???
Além disso, ele sabe muito bem como se processa o subsídio de mobilidade na câmara que ele dirigiu durante largos anos: o subsídio não reverte para o viajante mas sim para o Município do Funchal que foi a entidade a suportar a despesa!
Um santo, portanto!

Anónimo disse...

o comentador das 1643 , poderia ter toda a razão do mundo , perdê-la-ia pelo linguajar próprio do romance do Orwell , e ainda para mais nem lê antes de comentar , Rubina Berardo nunca recebeu qualquer destas verbas em discussão nem sabemos ainda se Sara Madruga recebeu.
Resumindo foi um comentário digno de cambada

Anónimo disse...

Sara Madruga recebeu e veio agora dizer que vai devolver.
Demita-se,renuncie ao cargo.
Não basta dizer que vai devolver,fa-lo porque foi apanhada caso contrário não o faria.
E agora, que dizem os srs do PSD?
Não está agarrada ao tacho?
Fica bem ao PSD que está senhora continue?
Basta só dizer que vai devolver?

Anónimo disse...

Quem não te conhece que te compre...
São uns vira latas.
Será que vai para a porta da Sé fazer concorrências aos meninos das caixinhas de Câmara de lobos?
O Povo é bem burro
Cocem-lhe as costas nas esquinas....

SIA disse...

Paulino ainda estou para perceber porque renuncias-te ao teu mandato.
Neste Madeira ainda não aprendeste com o Mestre Cafofo?
Tão simples e eficaz. Deixar passsar, nao falar e nunca responder.
depois começas a aparecer em eventos como se nada estivesse a se passar.
Resulta, podes crer.
Daqui a 3 dias já ninguem se lembra.Apostas?
Não percebi a tua precipitaçao. Será que vais criticar Cafofo? ou estás de acordo com o que ele diz e faz? Tambem parece que anda a gastar dinheiros da camara para ir a reunioes, com Costa e a fetsas em Londres. dizem que corre Mundo. Vais continuar a lhe dar total apoio?
è que a gente fica sem compreender. Até pensa que foi em vao a tua renuncia. E FOI MESMO

Anónimo disse...

Olha, a Sarinha também recebeu e quer uma medalha

Anónimo disse...

Para quem se questionava porquê que a questão do subsídio de mobilidade não desatava nem andava na Assembleia da República, está aqui um bom indicador. Aqueles que deviam ser a voz nos madeirenses no Parlamento "venderam-se" por uns trocos em subsídios. Eram eles os verdadeiros beneficiados e não deverá ser difícil imaginar que havia uma espécie de acordo de cavalheiros ou um pacto de não agressão da esquerda à direita para não mexer uma palha num regime que lhes era lucrativo. Que atitude mais miserável, não têm qualquer perdão.

Anónimo disse...

A Guida Vieira deve estar com uma saca de gelo na cabeça. Ela que vá chorar no regaço do Prof. Mentiras, o seu confidente e líder espiritual.

Anónimo disse...

O homem já tinha anunciado a sua despedida de deputado quando assumiu a liderança do Bloco. Pura hipocrisia e está a enganar o povo. A Rubina Berardo nunca beneficiou do subsídio, ela sempre disse que não queria.

Anónimo disse...

Os políticos não dão ponto sem nó. Ele suspendeu o mandato na AR mas alguém terá de ocupar o lugar vago. Será a maneira dele se ver livre do Almada que por aqui ficou a lhe fazer sombra, despachando-o para lá. Veremos se estou certo ou não...

Anónimo disse...

Larga o tacho porque vai ser nomeado Director do Departamento Financeiro da CMF, lugar que está vago. Como não tem moral e ética para ser deputado e tem para ser líder dos bloquistas. Demita-se já também do Bloco.

Anónimo disse...

Ó das 21.40, foi isso exactamente que o Paulino fez.
Devolve porque foi apanhado.
Renunciou porque a Martins e as Mortagua o exigiram.

Anónimo disse...

Que vergonha, devia demitir-se também da liderança do partido e meter-se num buraco durante uns 4 anos. Andam todos atrás do mamando, afinal a lei da mobilidade é boa, e ate este impostor aproveitou o buraco na agulha da bordadeira

Anónimo disse...

Há aqui alguém a defender a Rubina Berardo quando ela faz pior; recebe 2.000 por mês para viagens à Madeira e, como raramente as faz, mete o dinheirinho no bolso.

Anónimo disse...

http://www.dnoticias.pt/madeira/sara-madruga-da-costa-devolve-subsidio-de-mobilidade-AD3027156

Anónimo disse...

Ó das 09.32, não sei o que é que o camarada tem contra a deputada Rubina, mas não deve ler muitos jornais. Se lesse, veria que a moça vem várias vezes à Madeira. E um deputado não recebe 2000 € por mês para passagens, recebe 500 € por viagem efectuada.

Anónimo disse...

https://dre.pt/web/guest/home/-/dre/114152335/details/10/maximized?serie=II&day=2017-11-06&date=2017-11-01&dreId=114148450

Anónimo disse...

O das 0932, tem toda a razão essa e o outro, o Neves, raramente veem cá e ficam com o dinheiro... vergonha e ainda quer passar por santa....

Anónimo disse...

O Paulino é que é um santo. Mamou como os outros.
Espero ainda a renúncia à assembleia regional. Por uma questão dos princípios que ele defende.

Anónimo disse...

aquele ernesto que querem mandar para o lugar dele é um grande nulo

Anónimo disse...

Ó cromo. O homem não é deputado à assembleia regional. Não tem assento naquele parlamento. Não pode renunciar porque os eleitos são o trancoso e o almada.

Anónimo disse...

Ó pouco esperto das 20.58, Paulino Ascensão é deputado eleito à Assembleia Regional, com mandato suspenso, sendo substituído por Trancoso.
Para ser coerente com os seus elevados princípios, deve renunciar ao mandato ao qual está actualmente suspenso, de forma a não substituir o seu camarada num futuro próximo.
Capice, ou é preciso um desenho ?

Anónimo disse...

Ó tonto das 9,30h: como é que ele foi eleito?! Nas eleições regionais o paulino foi o 5º candidato da lista do BE. O 1º e o 2º foram o almada e o trancoso repetivamente. Se o BE elegeu 2 deputados à assembleia Regional queres dizer que os eleitos foram o 1º e o 5º?! Tristeza de gente mais ignorante que não vê um boi à frente do nariz!

Anónimo disse...

Ó luminária acéfala das 19.00, e o Paulino não vai voltar à Assembleia Regional ?
Para ser consequente com os princípios que defendeu para um parlamentar, não o deverá fazer.
A ver vamos.
Mais algum desenho ?

Anónimo disse...

Resumindo e concluindo. O Paulino comeu o subsídio de mobilidade, como outros fizeram.
O BE exigiu que ele renunciasse, e não teve outra hipótese.
Vai daí faz uma ladainha moralista para inglês ver.
Fica a pergunta. Vai voltar à Assembleia Regional neste mandato ou não ?
É só isso que Paulino Ascensão tem que esclarecer.
Simples.

Anónimo disse...

Paulino Ascenção não vai "voltar" à Assembleia Regional porque nunca lá esteve. Ele era o 5º da lista, não foi eleito.

Anónimo disse...

Esteve, esteve. Aliás saiu de lá para a Assembleia da República. E não é por ser quinto da lista que deixa de poder voltar.
É preciso é dizer se volta ou não volta. Por uma questão moral, não legal.

Anónimo disse...

Não sei, não. Mas acho que o Almadinha não se vai esquecer desta argolada do Paulino.
E, num eleitorado como o do BE, este tipo de coisas tem custos.
Se fosse no do PSD ou do PS, em que mais canalhice, menos canalhice, não tem influência....Mas com o BE é diferente.

Anónimo disse...

Esteve? Que eu saiba os dois deputados (Almada e Trancoso) estão na ALRAM desde 20 de abril de 2015, data em que ambos tomaram posse e na qual a ALRAM foi constituída. Nunca suspenderam o mandato, portanto o Paulino Ascenção nunca foi deputado na ALRAM. Era bom que o anónimo das 13.13 mostrasse uma notícia ou um link na internet que provasse que o Paulino Ascenção já foi deputado na ALRAM nesta legislatura.

Anónimo disse...

Procura que alcançarás !